Se Pedro Álvares Cabral pudesse prever o futuro, talvez tivesse que recalcular a rota. Afinal, 525 anos depois de avistar o Monte Pascoal, eis que um “indígena” toma o poder em Planalto da Serra. O episódio histórico ocorreu na última quarta-feira (01.01.2025), durante a posse dos nove vereadores da Câmara Municipal, e a eleição para a mesa presidencial do biênio 2025/2026.
“Nem Cabral esperava por essa”.

Takeshi, vereador de primeiro mandato e, até então, vice-presidente assegurado, decidiu inovar. Num movimento digno de mestre estrategista, renunciou à vice-presidência minutos antes da votação, e foi indicado como presidente da chapa, para enfrentar ninguém menos que o então presidente Clodoaldo Reis.

Eleito Com 67 votos, menos votos do que vários candidatos à vereadores, na eleição de 2024, Takeshi deixou Clodoaldo a ver navios, e garantiu a presidência da Câmara para o biênio 2025-2026. O ex-presidente, que até então parecia confortável em sua cadeira, foi surpreendido por um gol digno de Pelé: o “artilheiro” Takeshi “marcou e garantiu o título”.
A articulação política de Takeshi, que até então era visto como “apenas um novato”, foi digna de aplausos e, claro, de alguns olhares incrédulos. “Quem diria? Um cacique, literalmente, dando um chapéu político”, murmuravam os corredores da Casa de Leis.

Agora, com a presidência nas mãos de Takeshi, a pergunta que ecoa é: como será essa nova gestão? Enquanto Clodoaldo ainda tenta digerir a derrota inesperada, o novo presidente, já garantiu um lugar nos livros de história da política planaltense.
Uma coisa é certa, a política já não é como era antes em Planalto da Serra.