Mesmo com decisão judicial favorável, a família do menino Lorenzo, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), continua enfrentando dificuldades para garantir seu tratamento adequado. Após obter na Justiça uma liminar e, posteriormente, uma decisão definitiva assegurando todas as horas de terapia e os profissionais prescritos em seu laudo médico, a Seguros Unimed cancelou o plano de saúde do menor.
Diante da interrupção do serviço, os pais ingressaram com uma nova ação solicitando o reestabelecimento do plano e a retomada integral do tratamento. Em primeira instância, a juíza responsável pelo caso determinou que a operadora mantivesse o atendimento conforme a prescrição médica.
No entanto, mesmo após a decisão judicial, a mãe de Lorenzo recebeu um e-mail da Seguros Unimed informando que a carga horária do tratamento do filho será reduzida novamente, contrariando a ordem da Justiça. A medida imposta pela operadora representa um entrave significativo para o desenvolvimento da criança, que necessita das terapias para garantir sua qualidade de vida e evolução no quadro clínico.
O caso de Lorenzo reflete uma problemática recorrente no atendimento de pacientes com TEA pelos planos de saúde, que frequentemente limitam ou descontinuam os tratamentos mesmo diante de determinações judiciais. Especialistas alertam para a necessidade de maior fiscalização sobre as operadoras e o cumprimento integral dos direitos dos pacientes, especialmente crianças que dependem dessas terapias para um desenvolvimento adequado.