Após muitas especulações, negociações, discussões, contas que sobem e descem, sem falar dos acho disso e daquilo, com gente apontando percentuais e valores que lhes convém, sem embasamento e parecer técnicos, pautados apenas por uma questão ideológica ou política, os deputados aprovaram, por unanimidade, na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, a Revisão Geral Anual (RGA) de 4,83% dos salários dos servidores públicos do Executivo estadual.
Em todos os anos, é praticamente uma novela com hora marcada, RGA, quando muitos usam como pauta para discursos calorosos em palanque, com promessas mirabolantes e palavras evasivas, apenas para falar aos servidores, o que eles querem ouvir, e tentar assim transformar uma multidão em massa de manobra, porém, em um país supostamente democrático, existem leis, que em determinados casos são cumpridas, como no caso da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual.
“A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é uma legislação que se aplica a todos os entes federativos, incluindo os estados, e que estabelece normas para a gestão fiscal.
A LRF foi criada em 2000, por meio da Lei Complementar nº 101. O objetivo é garantir que os entes federativos não gastem mais do que arrecadam, e que o endividamento seja feito de forma transparente e dentro de regras rígidas”.
Independente dos lados, diretrizes, interesses individuais e bandeiras partidárias, os deputados usaram da sabedoria, fazendo jus para que foram eleitos, e proporcionaram por unanimidade, melhores condições salariais aos servidores públicos do Estado de Mato Grosso, ao aprovar a RGA de 4,83%, que segundo o Governo do Estado, já vai estar no pagamento de janeiro de 2025.
É correto afirmar que muita gente estava esperando muito mais, já que os preços de praticamente tudo aumentaram, dos alimentos nos mercados aos combustíveis nos postos, as oscilações do custo de vida no dia a dia, mostram que um verdadeiro malabarismo é realizado pelas famílias, para honrar com seus compromissos, colocar comida mesa, e garantir ao menos dignidade.
Em um país que está assombrado pelo fantasma da resseção, com crise econômica impactando diretamente na população através da inflação, garantir os direitos dos servidores só é possível em um estado que anda na contramão da economia nacional. Não é de hoje que Mato Groso representa o “trem do desenvolvimento”, impulsionado pela locomotiva do Agronegócio, mas cabe aos representantes do povo, políticos, cumprir com as leis, e desenvolver ações que vão de encontro com as necessidades e prioridades do povo.